Procurador relata em petição ao STF que deputado paraibano cantou seis músicas para Eduardo Cunha - Catingueira Online - Sua fonte diária de notícias

Procurador relata em petição ao STF que deputado paraibano cantou seis músicas para Eduardo Cunha

Um fato curioso identificado em petição formulada pelo procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), vazou na imprensa (veja abaixo), nesta quarta-feira (4). No texto da peça, o PGR cita que o deputado federal Manoel Júnior (PMDB) cantou seis músicas no aniversário do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), ocorrido no dia 29 de setembro de 2015.

O procurador solicita ao STF a autorização para abertura de inquérito contra o parlamentar paraibano e outros deputados do PMDB. Segundo Janot, liderada por Eduardo Cunha, a cúpula do partido atuou na venda de requerimentos e emendas parlamentares para beneficiar empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.

“Manoel Júnior trabalhou ativamente na campanha do colega de partido à presidência da Câmara. Ele é amigo de Cunha e, de acordo com reportagem da revista Época, cantou seis músicas em festa de aniversário de Cunha em Brasília. No Conselho de Ética, é um dos deputados mais atuantes na defesa de Cunha. Manoel Junior costuma apresentar reiterados questionamentos nas sessões do Conselho de Ética, como uma manobra para adiar ao máximo o andamento do processo”, diz trecho da petição.

Relembre o caso

Dono de um vozeirão e extremamente bem articulado dentro da cúpula do PMDB. Manoel Júnior soltou a voz na comemoração do último aniversário de Eduardo Cunha (PMDB). Na ocasião, ele cantou “Espumas ao vento”, de Accioly Neto, “Garçom”, de Reginaldo Rossi, e “Dia Branco”, Geraldo Azevedo, entre outras, e não se importou com as imagens feitas no local (veja o vídeo ao lado).


Deputado se defende das acusações de Janot

Manoel Junior já se pronunciou sobre as acusações de Rodrigo Janot. Ele argumentou que a afirmação do procurador não seria verdadeira, e que apenas “apresentou dois requerimentos estritamente restritos ao seu trabalho parlamentar”, e diz que, enquanto membro titular da comissão de Finanças e Tributação da Câmara, “é seu dever como parlamentar promover discussões de matérias pertinentes a situação financeira do País na referida Comissão”.

Dentre os requerimentos, Manoel Junior afirma que o de número “05/2013 convocou os presidentes do Banco Central e do Banco BMG, além de representantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para comparecer à Comissão de Finanças e Tributação, com objetivo tratar de assuntos denunciados pela imprensa, além disso, tal audiência jamais aconteceu, o que desmonta a tese de pressão ou achacamento. Esse requerimento passou quase seis meses sem ter sido ao menos discutido na CFT, e no final do ano foi arquivado”.





Fonte Ricardo Pereira


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