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Vivo poderá comprar operadora TIM

Negociação da Telefónica com a Telecom Italia pode dissolver operadora brasileira
A multinacional espanhola Telefónica, que é dona da operadora Vivo no Brasil, está a poucos passos de ser o acionista majoritário da Telecom Italia, que controla a TIM em terras nacionais e passa por problemas financeiros há algum tempo.

Caso a negociação seja bem sucedida, uma mudança radical pode acontecer em breve na telefonia brasileira. A Vivo ser dona da TIM é considerado ilegal no mercado por conta de leis antitruste, que impedem que o mesmo grupo tenha duas empresas de celular na mesma região e garantem o direito à concorrência – essa aquisição aumentaria muito o mercado da Telefónica por aqui e desfavoreceria as rivais.

O acordo inicial faz com que a Telefónica garanta 66% das ações de todas as empresas da holding. O investimento começaria em cerca de R$ 964 milhões, o suficiente para quitar as dívidas da Telecom Italia. Se tudo ocorrer bem, a TIM pode ter mais tempo para ter o futuro decidido antes de deixar de existir.
O que pode mudar no mercado?

O negócio é um pouco complicado: a Telefónica já era uma das maiores sócias do Telcom, grupo que controla, entre outras companhias de várias áreas, a Telecom Italia, dona da TIM no Brasil.

Por conta da legislação promovida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Telefónica teria que abrir mão de uma das faixas de frequência das operadora. É possível manter todos os clientes em uma só empresa, mas isso pode interferir na qualidade do serviço.

Outra opção seria separar os consumidores entre outras operadoras. Caso a Telefónica não complete o acordo, um caminho mais fácil para salvar a TIM é se um grupo totalmente novo ainda não presente no mercado de telefonia adquirir a empresa, o que resultaria apenas na troca de comando.

Fonte: Estadão




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Regras do setor determinam que a Telefónica teria que abandonar as faixas de frequência de uma das operadoras no caso da negociação ser concretizada

Caso a Telecom Italia seja comprada pela Telefónica (o que uniria as operações da TIM e da Vivo no Brasil), isso poderia representar uma queda na qualidade dos serviços de telecomunicação prestadas no Brasil. Foi o que afirmou uma fonte ligada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) à Reuters na última segunda-feira (22).

Além disso, a eventual união entre as empresas representaria um desafio para as autoridades brasileiras, já que as regras do setor preveem que um mesmo grupo não pode contar duas organizações que atuam no Serviço Móvel Pessoal na mesma região. Com a unificação, a Telefónica teria que desistir das faixas de frequência de uma das operadoras, o que prejudicaria os clientes ligados a ela.

Segundo a fonte da Anatel, a fusão também representaria um aumento na instabilidade dos serviços, já que a base de clientes das empresas seria “afunilada” de forma a se adaptar às frequências de somente uma dessas companhias. Para completar, o fim de uma das organizações também representaria uma diminuição na competitividade do mercado, o que pode resultar na cobrança de tarifas maiores.

"Se ela tiver devolvido as faixas de frequência de uma empresa e colocar os clientes dessa empresa nas faixas da outra, isso pode gerar problemas na qualidade. Mas é preciso ver o caso concreto. Acho que as empresas têm consciência das limitações e já devem ter algum tipo de solução", afirmou a fonte anônima à Reuters.
Somadas, empresas dominariam o mercado

Fontes italianas afirmaram ao veículo que a Telefónica já chegou a um acordo para adquirir uma participação de aproximadamente 70% das operações da Telco, holding responsável pelo controle da Telecom Italia. No Brasil, a união entre as empresas terá que se submeter ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), onde seria analisada com cuidado especial.

Somadas, a Vivo e a TIM dominam 55% do mercado nacional, o que tornaria a organização resultante da união uma força bastante considerável. Segundo o grupo Morgan Stanley, as barreiras para que isso aconteça não são tão grandes quanto se imagina, e a Anatel pode se mostrar favorável à negociação caso haja dados que comprovem que isso pode resultar no aumento da qualidade dos serviços prestados no país.


Fonte: Por Felipe Gugelmin



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