‘Eu faço arte para emocionar’, diz artesão que faz esculturas com metal reciclado na Paraíba - Catingueira Online - Sua fonte diária de notícias

‘Eu faço arte para emocionar’, diz artesão que faz esculturas com metal reciclado na Paraíba

Economia criativa e cuidado com o meio ambiente são os princípios que baseiam o trabalho de Amadeu Severiano da Silva. O artesão, de 46 anos, faz esculturas com metal reciclado. Nas mãos deles, o lixo se transforma em peças de luxo. Natural de João Pessoa, capital paraibana, ele é um dos expositores do 30º Salão do Artesanato da Paraíba, que acontece em Campina Grande até este domingo (30).

Amadeu começou a produzir peças artesanais aos 11 anos, mas durante boa parte da vida só as fez para presentear pessoas queridas. A profissão que ele escolheu para exercer foi a de metalúrgico. Mas há treze anos um acidente o fez perder a memória e se afastar do trabalho que amava.

As primeiras lembranças despertadas se manifestaram nas mãos do artesão, que se reenquadrou no mercado a metalurgia, mas de uma forma diferente. O metal que sempre foi a matéria-prima para o trabalho dele, ganhou novas formas e significados. “Agora eu vivo da arte”, declarou.

Todas as esculturas são feitas de metal reciclado, fato que ele se orgulha. “Enquanto uma peça está aqui na prateleira, deixa de ir para uma queimada. É muito importante que nós, enquanto cidadãos, tenhamos essa consciência”, justificou.

Peças de automóveis, frascos de desodorantes, latinhas de refrigerante, panelas velhas e carcaças de geladeiras são alguns dos produtos transformados pelo talento dele. Muitas delas chegam às mãos do artesão através de doações, mas outra parte ele mesmo compra de recicladores.

Amadeu enxerga na atividade que exerce uma maneira de construir boas lembranças para a vida dos clientes. “Eu faço arte para emocionar as pessoas”, contou antes de explicar o significado das peças preferidas dele: a Ciranda e o Equilibrista. “O Equilibrista simboliza a gravidade, a medida, a precisão e peso exato. Já a Ciranda traz emoção e simboliza a felicidade”, destacou.

O sucesso no stand dele é garantido pela inovação. “Há 23 anos, todos os anos eu faço o possível para trazer uma peça que nunca trouxe antes”. A estratégia de venda gera uma renda média de R$ 4 mil no período junino. O trabalho dele também ganha o mundo através dos turistas que costumam levar as esculturas para outros países como Estados Unidos, México e Argentina.

Os preços dos produtos variam entre R$ 5 e R$ 2 mil reais. Quando não expõe em eventos, Amadeu vende a arte que produz e respira nas praias do Farol do Cabo Branco e Tambaú, em João Pessoa. Durante o ano inteiro, ele trabalha também com encomendas, que geralmente são enviadas para os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.






Fonte Por Iara Alves - G1 Paraíba



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