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Chocolate alivia o estresse e melhora o humor, mas especialistas fazem alerta

Apreciado por culturas do mundo inteiro, o chocolate ‘ganhou’ um dia todinho seu. Neste domingo (7) é comemorado o Dia Mundial do Chocolate. Se você não resiste a um bom chocolate, está aí mais um motivo para apreciar essa iguaria, não é verdade? Mas sem exageros, afinal de contas apesar de ser considerado um alimento que alivia o estresse e que melhora o humor, o consumo em excesso pode trazer problemas. O alerta é feito por especialistas no assunto.

E quando se trata de chocolate, existe uma variedade pra tudo que é gosto: amargo, ao leite, branco, sem lactose, e por vai. Isso sem falar nas inúmeras receitas que o chocolate é o carro chefe.


Em meio a tantas opções, qual seria a mais recomendada? De acordo com o nutricionista Joelson Freitas, a diferença entre os tipos de chocolate está na quantidade de massa de cacau presente em cada receita.

Joelson disse que no chocolate amargo, por exemplo, a quantidade de massa de cacau varia entre 50 e 100%. Ele explicou que o produto recebe menos manteiga de cacau e açúcar, o que o torna o mais nutritivo em relação aos outros tipos. “O chocolate ao leite contém os mesmos ingredientes que o chocolate amargo, mas em diferentes proporções. Leva menos massa de cacau, e tem mais manteiga e açúcar, além de leite em pó, o que lhe concede uma cor marrom clara. Tem textura mais cremosa e sabor mais adocicado”, afirmou.

Já o chocolate branco, segundo o especialista, não leva massa de cacau em sua composição. “O produto contém leite, mas apresenta uma quantidade maior de açúcar e manteiga de cacau, o que não acrescenta benefícios à saúde”, observou.

Principais benefícios
Segundo o nutricionista Júnior Lucena, o chocolate possui inúmeros benefícios à saúde, seja pela presença de flavonoides, polifenóis, como pela ação desses compostos no organismo. “O que devemos entender sobre o chocolate é o que torna ele bom para a saúde, que é a presença do cacau. O cacau tem ação antioxidante, anti-inflamatória, previne doenças e melhora o humor pela ação no neurotransmissor serotonina, e aumenta também a produção de endorfina. Também tem ação sobre a produção do cortisol, diminuindo e evitando o estresse”, pontuou.

Chocolate é mesmo vilão?
Júnior disse que outra grande dúvida das pessoas diz respeito aos possíveis malefícios que o chocolate pode causar à saúde. Segundo ele, os eventuais prejuízos ao organismo estão associados ao mau uso do alimento, seja em quantidades exageradas, a frequência do consumo ou de alguma possível patologia em que um dos componentes do chocolate possa atuar de forma negativa.

Alerta a diabéticos
Joelson Freitas lembrou também que o chocolate diet também requer atenção, pois apesar de não possuir açúcar tem mais gordura em sua composição. “Para se ter uma ideia, 1 grama de açúcar contém 4 calorias, enquanto 1 grama de gordura tem 9 calorias. Com isso, o chocolate diet muitas vezes possui um maior teor calórico. Portanto, ao se render aos prazeres do chocolate, é bom ficar atento à sua composição e evitar o consumo em excesso”, alertou.


Existe melhor hora para comer?
A melhor hora para consumir o chocolate é após o almoço, quando por conta da ingestão de outros alimentos a absorção do açúcar é atenuada.

Em relação à quantidade indicada, o ideal é que não ultrapasse os 30 gramas, o equivalente a uma barrinha ou a um bombom. “Se você adora chocolate, mas tem medo de engordar, uma informação: Para queimar as calorias de uma barrinha de 25g, por exemplo, o ideal é caminhar uma hora por dia”, disse Joelson Freitas.

Com qual idade crianças podem consumir?
De acordo com os especialistas, como o chocolate é um alimento que possui alta concentração de açúcar, o ideal é oferecê-lo às crianças, de preferências, após os três anos de idade.

Origem
Reza a lenda, que o doce mais venerado do mundo teve origem nas regiões tropicais das Américas Central e do Sul. Segundo a mitologia asteca, uma das mais importantes civilizações que habitaram a América pré-colombiana, Quetzalcoatl, Deus da Lua, roubou da terra uma árvore de cacau – fruto que é a matéria-prima do chocolate – para presentear seus amigos homens com uma delícia dos deuses. Na época, o costume dos indígenas da região era produzir uma bebida escura feita com as sementes fermentadas do fruto do cacaueiro batizada de tchocolath (tchocol, de amargo, e ath, de água).


Foi então que Fernando Cortez, espanhol responsável pela colonização do México, levou o tal líquido à Europa. Ele ficou intrigado com a bebida escura que os nativos bebiam e ofereciam aos deuses, porque ela dava a eles um vigor impressionante. “Uma taça da tal bebida permite aos homens caminhar um dia inteiro sem a necessidade de outros alimentos”, escreveu Cortez ao imperador Carlos V. A lenda e as propriedades do chocolate foram se difundido a ponto de influenciar o botânico sueco Carlos Linnaeus, que classificou o cacaueiro como theobroma cacao, do grego theo (deus) e broma (alimento).

No Brasil, as sementes de cacau chegaram em 1746 trazidas por um francês que presentou Antônio Dias Ribeiro, um fazendeiro do Sul da Bahia, com algumas delas. O clima favoreceu o plantio e as lavouras cacaueiras prosperaram na região, que ficou conhecida pelos coronéis do cacau. A produção abundante levou os irmãos Neugebauer, imigrantes alemães, a fundar a Chocolateria Brasileira, primeira fábrica de chocolate do país, em Porto Alegre, em 1891.





Fonte Por Alexandre Freire

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