Mulher trans morre após injetar silicone industrial em clínica clandestina

Maísa Andrade morava em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, e viajou, na última terça-feira (4), para João Pessoa onde realizou o procedimento estético. Após a aplicação do silicone na coxa, ela passou mal e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Segundo informações apuradas pela TV Correio, ela estava com taquicardia, pressão baixa, vômitos e convulsões e foi levada para o Hospital de Trauma de João Pessoa. O Trauma informou que a paciente chegou em coma, respirando com o auxílio de aparelhos e com marcas de agulhas e deformidades na área onde houve a aplicação. Ela deu entrada no setor de emergência.
A equipe médica trabalhou durante oito horas para salvá-la, mas ela não resistiu e morreu nessa quarta (5). A Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) liberou o corpo nesta quinta-feira (6), para sepultamento em Cajazeiras.
Maísa trabalhava como cabeleireira e era militante do Movimento em Defesa dos Direitos Humanos da População LGBTQI+, em Cajazeiras.
Investigação
O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios de João Pessoa, que trabalha para identificar o local onde a vítima fez o procedimento e responsabilizar quem fez a aplicação. Até o começo da tarde desta quinta (6), nenhum suspeito havia sido preso. Parentes e amigos da vítima são ouvidos pela polícia.
Silicone industrial
Segundo alerta do Hospital de Trauma de João Pessoa, esses casos estão se tornando frequentes e é preciso que a população, principalmente os jovens, evitem esses procedimentos porque são ilegais e fatais.
Procedimentos estéticos devem ser feitos com médicos, em clínicas especializadas e sob orientação profissional, com produtos seguros e adequados para cada situação.
Fonte portalcorreio
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