Gasparzinho: Procurador sinaliza envolvimento de prefeitos nas fraudes; veja lista dos presos - Catingueira Online - Sua fonte diária de notícias

Gasparzinho: Procurador sinaliza envolvimento de prefeitos nas fraudes; veja lista dos presos

O procurador da República, Victor Veggi, deixou transparecer em entrevista à Imprensa na manhã desta sexta-feira (17) que pode haver envolvimento de gestores públicos, sejam eles prefeitos ou secretários, nas ações fraudulentas das empresas investigadas na Operação Gasparzinho.

Ao ser questionado como as empresas, que seriam de fachada, ganhavam licitações e executavam obras, se não teriam sequer uma sede a altura, o procurador disse que os pedreiros poderiam ser contratados por indicações de gestores como favores políticos, ou fazendo empreitadas passando a execução para terceiros.

Victor Veggi disse que todos os processos licitatórios serão investigados para ver se e como essas obras foram executadas.Em algumas das sedes das empresas fantasmas, existiam apenas uma sala onde seriam confeccionados e assinados documentos.

"Só com a apuração dos documentos apreendidos e com o decorrer das investigações é que poderemos saber se há a participação de prefeitos e ou secretários", ressaltou. Ele adiantou que se os indícios forem comprovados esses gestores também serão alvo de ação.


Quanto aos nomes dos presos revelados na manhã de hoje (17) pelo Ministério Público Federal, foi descoberto envolvimento de um ex-vereador do município de Alhandra, Newdson Ceres Costa Guedes, que seria um dos irmãos contidos na lista do MPF.

Entre os suspeitos foi identificado ainda o agente de saúde, Patick Cordeiro Guedes que atuaria no município de Caldão Brandão, no Agreste. Outro detido estaria usando dois nomes.

Os sete presos na Operação Gasparzinhos continuam detidos na sede da Polícia Federal, em Cabedelo, na Grande João Pessoa.

Escutas telefônicas - O procurador confirmou que foram utilizadas escutas telefônicas durante as investigações.

Os pedidos de prisão foram feitos para evitar que os envolvidos pudessem destruir provas ou atrapalhar a ação de coleta dessas provas, ou ainda evadir-se para fugir da Justiça ou coagir testemunhas.

O procurador não estipulou um tempo determinado para a Operação. Ele informou que apenas uma 1ª etapa foi concluída e que as ações devem continuar. Na opinião do procurador, como ficou detectado em outras operações de combate a esse tipo de fraude, a exemplo da 'Confraria' e 'Carta Marcada' existem vários grupos de falsificadores que atuaram e outros que ainda atuam no Estado.

Os bens em nome da quadrilha foram sequestrados e ficarão à disposição da Justiça.

Fonte: Luciana Rodrigues, com informações de Pollyana Sorrentino



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