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Vergonha: Falsos médicos que atuaram em Paulista ganham na Justiça o direito de obter diploma

Cerca de quatro meses depois de terem sido flagrados usando registro do CRM falso, e serem acusados de falsidade ideológica estelionato e charlatanismo, no município de Paulista, os estudantes do curso de Medicina, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Faculdade de Ciências Médicas – instituição particular – conseguiram a diplomação através de uma liminar concedida pela Justiça Federal.

A colação de grau de dois dos seis envolvidos com o crime estava suspensa por determinação da universidade, que havia aberto uma sindicância para investigar e punir os falsários. No entanto, a sindicância foi arquivada por ordem judicial.

A colação aconteceu na semana passada e a direção do Centro de Ciências Médicas da UFPB informou que embora os alunos estejam sendo investigados judicialmente, já estão podendo exercer a profissão.

De acordo com o diretor do Centro de Ciências Médicas da UFPB, Marco Antônio Vivo, a sindicância havia sido instaurada por uma comissão formada por professores e funcionários do Conselho Regional de Medicina, há dois meses, e tinha por objetivo investigar as acusações envolvendo os estudantes e puní-los, caso fossem condenados pela Justiça comum.

O diretor disse que, como punição, a faculdade não iria conceder aos alunos o direito de colar grau.

“A universidade precisa dar uma punição aos alunos se de fato eles forem condenados. A sindicância já tinha suspendido a colação de grau deles. Agora, por força de liminar, eles conseguiram o direito e, portanto, não por vontade da universidade, mas por decisão da Justiça e estamos aqui para cumpri-las. Agora eles são médicos, aptos a exercer a profissão. Eu mesmo fui ameaçado pelo advogado de um dos estudantes caso não fizesse a colação, ainda tentei adiar, mas não teve jeito”, explicou Marco.

Conforme o diretor, além da liminar para concessão dos diplomas, a Justiça ainda determinou que a sindicância fosse arquivada.

“A juíza disse que não é competência da universidade investigar e punir os alunos, porque o crime foi cometido fora do alcance da instituição. Nós esperávamos punir os alunos dentro do que a universidade pode, para que não seja um profissional com histórico problemático como falso médico. Infelizmente não poderemos fazer isso mais, e agora cabe a justiça através do que for concluído, determinar o futuro deles”, contou Marco Antônio.


FONTE: Daniel Motta do Jornal Correio



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