A maior rebelião em presídios da história da Paraíba já dura mais de 16 horas - Catingueira Online - Sua fonte diária de notícias

A maior rebelião em presídios da história da Paraíba já dura mais de 16 horas

A maior rebelião em presídios da história da Paraíba. Assim é considerada a rebelião que ocorre desde às 20h desta terça-feira (29) na Penitenciária Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecida como PB1, localizada na praia de Jacarapé, em João Pessoa. A rebelião também ocorre nos presídios PB2 e Roger, na Capital.

Nesse momento, policiais do Choque, Gate, Canil, militares, Agentes Penitenciários, além do secretário de Administração Penitenciária, Capitão Washington França, e do Comandante-geral da PM, Euller Chaves, fazem a negociação com os presos do PB1 e PB2. Além disso, Samu e Corpo de Bombeiros estão no local.

Há uma informação extra-oficial, repassada pelas mulheres de detentos, de que dois deles teriam morrido e há feridos. Até às 12h desta quarta-feira, a polícia não teria confirmado a informação. Apenas um detento do PB1 foi socorrido pelo Samu ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena em estado grave.

De acordo com a repórter Poliana Costa, da TV Correio, a situação na frente da penitenciária de segurança máxima neste momento é de tranquilidade. Uma coletiva de imprensa deve ser dada hoje à tarde.

Segundo a Polícia Militar, a rebelião na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Roger, já foi controlada. Mas a movimentação na frente da unidade prisional continua.

Segundo o Coronel Arnaldo Sobrinho, gerente executivo do sistema penitenciário da Paraíba, essa é a 'maior rebelião em presídios da história da Paraíba'.

"Tivemos rebeliões em 2011, em anos anteriores, mas não com esse poder, inclusive de fogo. Essa é a maior rebelião em presídios da história da Paraíba", disse.

Rebeliões

Primeiramente, a rebelição ocorreu dentro do presídio PB1. Por volta das 20h, detentos atearam fogo em colchões e quebraram as grades. Tiros foram disparados para conter o tumulto.

Os detentos reivindicam melhorias na alimentação e na estrutura da unidade prisional. De acordo com agentes penitenciários, os presos fizeram uma cortina de colchões no pavilhão 1 e tocaram fogo com o objetivo de impedir a entrada de policiais no presídio.

A rebelião no presídio PB2 iniciou por volta das 22h desta terça-feira (29). Detentos também atearam fogo em colchões e quebraram as grades.

Já por volta das 23h20, a rebelião se iniciou na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Roger. Várias viaturas da Polícia Militar passaram toda a madrugada.

Também houve queima de colchões e muito tumulto. Segundo agentes penitenciários, o motivo teria sido briga entre facções criminosas rivais.

Veja nota oficial do Governo do Estado:

Às 20h desta terça-feira (29) o serviço de inteligência do Sistema Penitenciário tomou conhecimento de um princípio de rebelião no complexo de segurança máxima PB1 e PB2, em João Pessoa. De imediato, foi mobilizado um efetivo policial e criado um comitê formado pelas Secretarias de Segurança e Defesa Social, Administração Penitenciária, Comando da PM, Bombeiros e Pastoral Carcerária com intuito de estabelecer um canal de negociação com os presos amotinados.

O grupo de negociações é formado pelo secretário de Administração Penitenciária, coronel Washington França; secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima; gerente executivo do Sistema Penitenciário, tenente-coronel Arnaldo Sobrinho; comandante do 1º Batalhão, tenente-coronel Paulo Almeida Martins; comandante do 5º Batalhão, tenente-coronel Lívio Carvalho; comandante da 4ª Companhia, major Carlos Roberto de Sena; comandante do Batalhão de Operações Especiais, major Jerônimo Bisneto; comandante da Policia Metropolitana, coronel Américo, e o coordenador estadual da Pastoral Carcerária, padre João Bosco.

Nos dois presídios, as negociações continuam. No PB2, as autoridades conseguiram a liberação de um detento ferido. A vítima, ainda sem identificação, foi encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde está internada em estado grave.

Os trabalhos contam com o apoio do Corpo de Bombeiros e Samu. O juiz da Vara de Execuções Penais, Carlos Neves da Franca Neto, se encontra no complexo penitenciário acompanhando as negociações.

As autoridades ainda não têm conhecimento sobre a extensão dos danos causados pelos detentos.

Outro princípio de motim foi registrado no Presídio de Segurança Média Desembargador Flósculo da Nóbrega, no bairro do Roger, mas a situação já foi controlada.






Fonte: Felipe Silveira



Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.