Custos da produção rural aumentam 40% por causa da seca na Paraíba - Catingueira Online - Sua fonte diária de notícias

Custos da produção rural aumentam 40% por causa da seca na Paraíba

O dado faz parte de um levantamento da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba (Fetag-PB), que também revelam que os gastos com a compra de água por meio de carro-pipa e o prejuízo na perda de produção são os principais fatores para o aumento dos custos.

Praticamente 100% dos agricultores da Paraíba relataram prejuízos, segundo a Fetag.


"Os prejuízos são muitos. Praticamente 100% das lavouras no semiárido paraibano foram atingidas, assim como a agropecuária. Principalmente o rebanho bovino teve uma mortandade de quase 40%, num total de aproximadamente um milhão e trezentas mil cabeças de gado bovino e bubalino", explicou o técnico agrícola do órgão, Ivanildo Pereira.

Mas não é apenas a seca deste ano que prejudica os produtores. Ainda de acordo com a Fetag, ao longo dos anos, a seca provocou a redução na quantidade dos animais nas propriedades. Muitos produtores perderam os rebanhos ou venderam a preço baixo para que o prejuízo não fosse maior.

O diretor-presidente da Cooperativa Agropecuária do Cariri (Cooapecal), Laudemiro Lopes, diz que os produtores de leite sofrem com a elevação dos custos. "A estiagem dificulta o nosso trabalho. Temos que buscar a alimentação alternativa e não aquela que produzimos nas nossas propriedades. Compramos e aumentamos nossos custos e, com isso, nosso produto é vendido mais caro", afirmou.

De acordo com os dados oficiais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa de produção de grãos na Paraíba no mês de agosto de 2015 é quase 50% menor que o produzido no mesmo período em 2014, quando 58 mil toneladas de grãos foram produzidos no estado.

Açudes secos

Atualmente, a Paraíba tem 15 açudes com 0% do volume, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas do estado (Aesa). Eles estão localizados em Algodão de Jandaíra, Barra de São Miguel, Picuí, São João do Rio do Peixe, Desterro, Puxinanã, Olivedos, Ouro Velho, Monteiro, Prata, Riacho de Santo Antônio, Serra Branca, São José do Sabugi e Taperoá.

Até o mês de outubro a previsão de chuvas não é das melhores, segundo a meteorologista da Aesa Marle Bandeira. "Realmente, poucas chuvas devem ocorrer, principalmente nas regiões do Cariri, Curimataú e Sertão. No Brejo e Litoral, chuvas podem ser esperadas, mas serão espaçadas", explicou.

Conforme Bandeira, em alguns lugares da Paraíba choveu extremamente abaixo da média em 2015. O Cariri e o Curimataú foram os que mais sofreram com a falta de chuvas. "Não foi apenas em 2015, há alguns anos os paraibanos estão sofrendo com precipitações abaixo da média, principalmente porque tem predominado chuvas irregulares".




Fonte Do G1-PB


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