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Apenadas de Patos fabricam mais de 12 mil máscaras para doações


Dados da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária mostram que mais de 100 mil máscaras de proteção individual foram confeccionadas pelas reeducandas do sistema prisional da Paraíba neste período da pandemia. Somente na Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, que fica em João Pessoa, dez reeducandas já confeccionaram quase 50 mil máscaras em pouco mais de dois meses.

O trabalho das presas, segundo os juízes que atuam na área de Execução Penal, além de remir a pena das mulheres envolvidas no projeto, fortalece autoestima e cria um ambiente favorável à ressocialização. Máscaras também são produzidas nas unidades prisionais das comarcas de Campina Grande, Patos e Cajazeiras.

A iniciativa é de fundamental importância, levando em consideração que atendeu uma demanda inicial por esse tipo de equipamento, essencial na proteção contra o coronavírus.

Em Patos, quatro apenadas fabricaram 12,5 mil máscaras de proteção individual entre março e abril. “No momento, quatro apenadas estão trabalhando na confecção das máscaras. Elas são feitas com o tecido TNT e seguem as indicações da Resolução nº 356 de 23/03/2020 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, explicou a diretora do estabelecimento prisional, Cláudia Shimene.


Para produzir as máscaras em Patos, as reeducandas atuam de segunda-feira a sábado, em média oito horas por dia. A diretora esclareceu, também, que o caso da remição da pena só será analisado pelo magistrado quando a apenada está em fase de progressão.

De acordo com o juiz Diego Garcia Oliveira, titular do 1º Juizado Auxiliar Misto da 3ª Circunscrição, com exercício na 2ª Vara Mista da Comarca de Patos, as máscaras de tecido produzidas pelas apenadas estão sendo usadas, principalmente, no próprio sistema penitenciário.

“É muito positivo o projeto que permite fabricar EPIs na Penitenciária Feminina de Patos. Traz um ganho duplo para as internas, pois garante a ressocialização pela remição da pena por meio do trabalho e aumenta a autoestima destas mulheres, que contribuem para sociedade neste momento tão difícil”, disse o magistrado.












Fonte Portal Correio




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