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Radegundis Feitosa, "Um gênio para sempre lembrar"

Documentário sobre o músico paraibano Radegundis Feitosa será lançado hoje, às 20h, no Cine Banguê da Funesc Cecília Lima

O falecimento do trombonista Radegundis Feitosa em 1º de julho de 2010 deixou uma lacuna na cena cultural do Estado. O músico morreu em decorrência de um acidente automobilístico ocorrido enquanto viajava com outras três músicos próximo a Itaporanga, sua terra natal. Radegundis morreu aos 48 anos, contando mais de 20 anos de carreira e consagrado como um dos melhores trombonistas do mundo.

Para registrar a trajetória de sucesso do músico paraibano, a TV UFPB, com o apoio do Núcleo de Produção Digital da Paraíba (NPD-PB), produziu o documentário Radegundis Feitosa, que será lançado hoje, às 20h, no Cine Banguê da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rêgo (Funesc), localizada no bairro de Tambauzinho, em João Pessoa. A entrada para o lançamento é aberta ao público e antes da exibição, haverá uma apresentação do Quarteto de Trombones da Paraíba e do Grupo Brassil.

O filme demorou seis meses para ser feito e tem duração de 75 minutos. A direção é assinada pelos cineastas Arhur Lins e Niu Batista. "Começamos a fazer imagens e colher depoimentos durante o enterro dele sem realmente ter intenção de montar um filme com aquilo. Então, a direção da sugeriu que a história renderia um longa-metragem", explica Arthur.

O diretor afirma que a primeira providência tomada após a decisão de filmar a vida de Radegundis Feitosa foi procurar a família do músico. "Conseguimos um material valioso com a família. Além de imagens de arquivo com Radegundis tocando, também gravamos um depoimento com o irmão dele, Costinha, que também é um grande músico".

Dentre as imagens de arquivo, estão as diversas apresentações de Radegundis Feitosa; dentre essas, algumas nos Estados Unidos, onde o músico se formou mestre pela The Juilliard School, de New York e obteve o título de doutor em Trombone, ainda inédito no Brasil, pela The Catholic University of América. A equipe entrevistou o primeiro professor de música de Radegundis e visitou o Colégio Diocesano Dom João da Mata, em Itaporanga, no Sertão paraibano. O Maestro Duda, Sandoval Nóbrega, Carlos Anísio e Eli-Eri Moura são alguns dos músicos e amigos de Radegundis que concederam depoimentos para o filme. "Quisemos traçar um perfil de Radegundis Feitosa não apenas como o trombonista brilhante que ele de fato foi, mas também como pedagogo, função que ele desempenhava com igual talento. Entrevistamos colegas e alunos para compor também esse aspecto da vida dele", avalia Arthur Lins, referindo-se ao tempo em que Radegundis Feitosa trabalhou como professor e chefe do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

A disseminação da ânsia e desejo de dedicar a vida à música foi um objetivo na vida de Radegundis, que sempre incentivou jovens do interior a seguirem este caminho. Ao lado de outros músicos, ele foi o responsável pela revitalização do cenário da música instrumental do Estado. O legado deixado pelo músico paraibano Radegundis Feitosa, entretanto, repercute até os dias de hoje e agora ganha um registro que merece ser prestigiado.


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